... estar com o rabinho o dia todo sentado no sofá, com a lareira acesa e um filme giro na televisão, acompanhado de pipocas enquanto.
Ou então não é nada disto e 'bora lá saltar outra vez de um avião!
Foi o que me aconteceu no Domingo passado. Um Domingo bem diferente do habitual. Não tinha nada para fazer e rumei até Figueira dos Cavaleiros para me atirar de um avião a 4200 metros do chão - mentira! estava morta para o voltar a fazer e já o tinha marcado há imenso tempo - .
Pela segunda vez lá estava eu, rumo ao Alentejo para me meter outra vez nisto. E, apesar de ser a segunda vez, estava nervosa! Fumei 30 mil cigarros até lá chegar, 10 mil deles a 5 minutos de chegar. E cheguei mesmo em cima da hora marcada, o que não me deu grande espaço para respirar.
Depois de assinar a papelada toda, contacto em caso de acidente incluído - leia-se morte - e tudo aquilo que era necessário, lá fui eu para o Briefing. Desta vez foi em vídeo, pelo senhor Mário Pardo, director da escola Queda Livre.
'10 minutos para embarcar', ouvia-se em alto e bom som. Isso, e o meu coração. Lá tive que me meter outra vez no Inferno daquele avião que nunca mais pára de subir e pensava novamente: 'Já não chega?' É que tudo o que estava a subir tinha que descer. E só havia uma maneira de o fazer...
Éramos muitos no avião, mal dava para nos mexer-mos. E, diga-se de passagem, com o Mário Pardo sentado entre as minhas pernas, sentia-me um pouco mais calma. Ou não fosse ele um profissional mais que qualificado na área. O único senhor a quem a Red Bull dá, literalmente, asas.
Depois de ver aqueles malucos todos a saltarem à minha frente como se não houvesse amanhã - Salvo seja! - chegou a minha vez.
E, ao contrário do que estava à espera, o medo ficou de parte! A adrenalina apoderou-se de mim e lá fui eu, uma vez mais, para a melhor sensação do mundo!
Aproximadamente um minuto em queda livre, a melhor parte do salto, e outros tantos a planar com uma vista maravilhosa e um silêncio inacreditável!
Quando cheguei a terra disse: 'Já me lembro porque é que voltei', e não podia estar mais certa!
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